Hoje vamos falar sobre alguns micronutrientes que são importantes para a tireoide.
Atualmente, mais pesquisas nesta área são necessárias para entendermos a relação exata entre eles e a fisiologia da tireoide.
Muitos estudos ainda são controversos sobre este tema e como os dados ainda são insuficientes para recomendações mais robustas, o médico é responsável por conversar com o paciente e individualizar a sua conduta.
Vamos lá?
1. Iodo
Micronutriente essencial para a formação dos hormônios tireoidianos.
Tanto a falta quanto o excesso desse micronutriente podem trazer prejuízos a função tireoidiana.
Estudos populacionais tem demonstrado que populações com excesso de iodo apresentam um aumento no risco de desenvolvimento de doenças autoimune da tireoide (como a tireoidite de Hashimoto, por exemplo). Em pessoas suscetíveis, o excesso de iodo presentes em suplementos manipulados ou medicações podem precipitar a tireoidite autoimune.
As recomendações de ingestão de iodo depende da idade, gestação e lactação.
Converse sempre com sua médica endocrinologista antes de iniciar qualquer suplemento ou manipulado que contenham iodo na sua formulação.
2. Selênio
Importante para a formação das selenoproteínas que são essenciais para o metabolismo e ação dos hormônios tireoidianos.
Deficiência desse micronutriente está associada à alterações tireoidianas como presença de anticorpos anti-TPO em altos títulos, hipotireoidismo, hipertireoidismo e bócio.
Melhora dos níveis de anticorpos, devido modulação da resposta imune, ao se suplementar selênio em pacientes com deficiência e com tireoidite autoimune.
Recomendações de suplementação em torno de 50-100mcg/dia. Fontes naturais que possuem selênio são: cereais, peixes, entre outros.
3. Ferro
Necessário para a síntese dos hormônios, assim a deficiência desse mineral afeta o metabolismo tireoidiano.
O hipotireoidismo sem tratamento pode também afetar a absorção de ferro e ser responsável por níveis séricos mais baixos. Assim, a avaliação da função tireoidiana em pacientes com deficiência de ferro deve ser realizada de rotina.
4. Glúten
Alguns estudos demonstram benefício (redução de dose de LT4 e redução de anticorpos) da dieta sem glúten em pacientes com Doença Celíaca e Tireoidite de Hashimoto.
Em pacientes sem doença celíaca, não há benefícios da dieta sem glúten no acompanhamento de doenças autoimunes da tireoide (doença de Graves ou Tireoidite de Hashimoto). Mais estudos ainda são necessários.
A doença Celíaca, por ser uma doença autoimune, pode também estar presente em pacientes que apresentam doenças autoimunes da tireoide.
5. Vitamina D
Alguns estudos de associação mostram menores valores de vitamina D em pacientes com anti-TPO positivos.
Escassez de estudos de intervenção com vitamina D nesses casos.
Tratamento da insuficiência e deficiência da vitamina D em todos os indivíduos.
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